quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Viver em sociedade.




"A vida em sociedade é cercada de disparidades entre as percepções que os outros têm de nós e nossa realidade. Somos acusados de estupidez quando estamos sendo cautelosos. Nossa timidez é interpretada como arrogância e nosso desejo de agradar como servilismo. Esforçamo-nos para esclarecer os equívocos, mas nossa garganta fica seca e as palavras que usamos não expressam nossa intenção real. Inimigos figadais são indicados para ocuparem posições às quais temos de nos subordinar, e nos denunciam aos outros. Ecos do ódio injustamente dirigido a um filósofo inocente chegam a nós e nos identificamos com ele sempre que estamos nas mãos de pessoas que não podem ou não querem nos fazer justiça."

Alain de Botton

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Viver é sentir-se perdido






"E aqui está a verdade simples: viver é sentir-se perdido. Quem o admite já começou a se encontrar, a estar firme no chão. Instintivamente, como faz o náufrago, olha à sua volta, buscando alguma coisa em que possa agarrar-se, e esse olhar trágico, implacável, absolutamente sincero, porque se trata da sua salvação, o fará pôr ordem no caos da sua vida. Estas são as únicas ideias genuínas, as ideias do náufrago. Tudo o mais é retórica, pose, farsa."


Sorem Kierkegaard

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Penso, logo existo.





Por que o gênero que nos deu a Capela Sistina nos levou à beira do cosmocídio? Por que os melhores e os mais brilhantes exercitaram a inteligência, a imaginação e a energia e só conseguiram criar um mundo em que a fome e a guerra são mais comuns do que nos tempos neolíticos? Por que a história do que nos atrevemos a chamar de “Progresso” foi marcada pelo aumento do sofrimento humano?

Não seria porque os homens estão decididos a ser vorazes, agressivos e abrutalhados? Estaria algum gene egoísta, algum imperativo territorial, impelindo-nos cegamente para a ação hostil? Estaria a história de Caim e Abel gravada em nosso ADN? Estaria o excesso de testosterona condenando-nos à violência e a infartos prematuros?

Como homens têm sido, historicamente, os principais agentes da violência, é tentador atribuir a culpa à nossa biologia e concluir que o problema reside antes no projeto equivocado da natureza do que em nossa obstinação. Mas todas as explicações deterministas passam por cima do óbvio: os homens são sistematicamente condicionados a suportar a dor, a matar e a morrer a serviço da tribo, da nação ou do Estado. A psique masculina, antes de mais nada, é a psique do guerreiro. Nada nos plasma, molda e modela tanto quanto a exigência da sociedade de que nos tornemos especialistas no uso do poder e da violência, ou como dizemos eufemisticamente, na “defesa”. Historicamente, a principal diferença entre homens e mulheres é que sempre se esperou que os homens fossem capazes de recorrer à violência quando necessário. A capacidade e a disposição para a violência têm sido centrais em nossa autodefinição. A psique masculina não foi construída sobre o racional “Penso, logo existo”, mas sobre o irracional “Conquisto, logo existo”.


Sam Keen

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Um mundo melhor.


Todo mundo “pensa” em deixar um planeta melhor para nossos filhos. Quando „pensarão‟ em deixar filhos melhores para nosso planeta? Está na hora de assumir a nossa responsabilidade em garantir um mundo melhor no futuro. As gerações futuras só terão um mundo melhor se nós os prepararmos para tornar este mundo melhor que o atual. Milagres de transformação não acontecem por acaso. Nós destruímos e somos coniventes com a degradação atual e pouco fazemos para mudar isso. Com o nosso péssimo exemplo como queremos que nossos filhos resolvam enfrentar os poderosos para mudar o que quer que seja? Como queremos que eles sintam a necessidade de mudar as condições atuais se não os ensinamos a refletir, analisar, trabalhar com afinco e a assumir responsabilidades? Nós queremos e esperamos (iludidos) que nossos filhos mudem pra melhor sem termos dado os passos iniciais para essa mudança. Queremos que eles mudem aquilo que nós não mudamos, quando podíamos ter mudado. Que péssimo exemplo nós demos a eles. Assim o planeta só poderá mudar para pior. Além de não conscientizar as novas gerações da Verdade ainda as deixamos se iludir com brinquedos tecnológicos, farra, bebidas, drogas, luxo, etc. Não há consciência que brote da ilusão.


Axel Herbsthofer

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

ORGULHO



" O orgulho, quando a razão falha, acode em nossa defesa e preenche o enorme vazio do bom senso..."

Pope