sexta-feira, 23 de outubro de 2009

VERDADE



Num dia desses, conversando com um amigo sobre a VERDADE, não chegamos a um entendimento. Sendo frutos de vivências diferenciadas, nossas respostas eram antagônicas. Passado alguns dias, li o trecho abaixo e tomo a liberdade de parafrasear, exemplificando o meu conceito sobre a “VERDADE”.

“Do ponto de vista de nosso sistema de convicções, a verdade é o que aceitamos a partir da nossa história. A verdade é o que aceitamos como verdadeiro. Para alguns, Deus é a verdade. Para outros, Cristo, Maomé ou Buda é a verdade. Há aqueles para os quais a física quântica é a verdade, enquanto para outros ela é simplesmente um exercício físico sem nenhuma relação com o mundo real. Para alguns o DNA é o deus onipotente que dita nossas vidas, enquanto outros acreditam que a existência de uma inteligência universal transcende o DNA. Mas o que é cientificamente verdadeiro hoje pode ser cientificamente rejeitado amanhã. Nós escolhemos a verdade. Portanto, quando digo que a verdade para mim é que ocupo o centro do meu universo, estou dizendo simplesmente que fiz uma opção. Posso escolher qualquer dinâmica, qualquer paradigma, qualquer fato, qualquer condição como a verdade – a verdade para mim. Não concedo aos meus pais, a um padre, a um pastor, a um guru ou à Bíblia o poder de decidir o que é verdadeiro para mim. Para mim, a verdade só começa a se revelar à medida que posso descartar tudo que até então me foi revelado como verdadeiro. Eu sou a verdade, assim como você. É por isso que você ocupa o centro do seu inverso. Permita-me dizer mais uma vez: prefiro ter uma mente aberta por curiosidade a uma mente fechada por convicção.” (Gerry Spencer)


Algumas frases que corroboram minha opinião:

As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras. (Nietzsche)

A verdade é filha do tempo, não da autoridade. (Francis Bacon)

Crê nos que buscam a verdade. Duvida dos que a encontraram. (André Gide)

Uma verdade deixa de ser verdadeira quando mais de uma pessoa acredita nela. (Oscar Wilde)

Nada é mais falso do que uma verdade estabelecida. (Millôr Fernandes)

Não ser descoberto numa mentira é o mesmo que dizer a verdade. (Aristoteles Onassis)

Se apenas houvesse uma única verdade, não poderiam pintar-se cem telas sobre o mesmo tema. (Pablo Picasso)

A verdadeira verdade é sempre inverossímil. (Dostoievski)

De erro em erro, vai-se descobrindo toda a verdade. (Freud)

A verdade é que não há verdade. (Pablo Neruda)


E o mais engraçado é que tudo isso pode ser uma grande mentira.


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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Inconsciente e Coletivo



Existem tantos arquétipos quantas as situações típicas da vida. Uma repetição infinita gravou estas experiências em nossa constituição psíquica, não sob a forma de imagens saturadas de conteúdo, mas a princípio somente como formas sem conteúdo que representavam apenas a possibilidade de um certo tipo de percepção e de ação.” (Carl Gustav Jung)

Segundo Jung a psique pode ser dividida em Consciente e Inconsciente, este último sendo subdividido em duas outras partes, o inconsciente pessoal e coletivo. O consciente é o acesso direto ao material que permeia o cérebro pelo espírito encarnado e em vigília e o inconsciente pessoal estaria localizado abaixo e armazenaria os acontecimentos que não permaneceram no consciente. O Inconsciente Coletivo seria a possibilidade de acessar as informações sobre todas as ocorrências da humanidade em todos os tempos, assumindo matizes que variam de acordo com a consciência em que se manifesta.

O inconsciente coletivo é tudo, menos um sistema pessoal encapsulado, é objetividade ampla como o mundo e aberta ao mundo. Eu sou o objeto de todos os sujeitos, numa total inversão de minha consciência habitual, em que sempre sou o sujeito que tem objetos. Lá eu estou na mais direta ligação com o mundo, de forma que facilmente esqueço quem sou na realidade. ‘Perdido em si mesmo’ é uma boa expressão para caracterizar este estado. Este si-mesmo, porém, é o mundo, ou melhor, um mundo, se uma consciência pudesse vê-lo. Por isso, devemos saber quem somos.” (Carl Gustav Jung)

O que se propõem em Inconsciente e Coletivo é uma troca de ideias com o objetivo de estimular discussões sobre temas diversos, principalmente em comentários no que se publica, para podermos visualizar a pluralidade das consciências individualizadas. Vamos encarar o Inconsciente e Coletivo como a CONSCIÊNCIA e nossas expressões conscientes, como o INCONSCIENTE que o alimenta. Então, atreva-se, arrisque-se, escreva.